eu quero falar o que sinto.........


Os atuais senhores da Terra optaram pela aceleração do "desenvolvimentismo". O Modelo consumista é insustentável perante a vida no planeta. Extermina-se diariamente (de forma brutal) a natureza mãe e milhares e milhões de vidas sencientes, causa direta dos atuais desequilíbrios sócio ambientais... Este é o trilho inexorável, involuto, escolhido pelo financismo rentista global, gerando as atuais crises sócio políticas, e a calamidade ambiental, a desvitalização crescente da humanidade.

...Vivemos um processo célere de decadência ética e fisiológica, como seres já natimortos, anestesiados pelas contra informações de uma cultura venal, deseducadora e corrupta. Aceitamos passivamente a disseminação do "veneno nosso de cada dia", no agro negocio transgênico, e na carcinogênica PECUÁRIA INDUSTRIAL. Vivemos o pesadelo da configuração ideológica da "logica do LUCRO" para poucos como um fim em si, sendo participes involuntários do suicídio coletivo da espécie. Acompanhamos inertes todos elementos básicos de sustentação vital desaparecendo de forma célere, na poluição do ar, na escassez das águas doces, e no lixo atirado aos mares, mas especialmente na alimentação pós industrializada e "carnista", hiper quimifica e desvitalizante...

Gerou-se em apenas dois séculos da história humana na terra, uma engrenagem essencialmente antivida, que inverteu todos os valores e códigos éticos minimamente necessários para a sobrevivência sustentável...Agride-se a natureza materna e a todos seus seres sencientes; explorando-os de forma abominável, transformando-os em meros produtos alimentícios, mercantis, instituindo a vergonhosa violência do "especismo", cultuado na idiotia comportamental de todas nações globalizadas, a barbárie do holocausto animal.

Eia aí a insana corrida secular do capital rumo ao "ouro de tolo" como sustentação do sistema falido das mercadorias, das guerras, do luxo, do desperdício e do lixo...

O Novo velho código florestal.


A violência sistêmica e cotidiana é contra a natureza...(humana e animal). Primeiro desmatam nossas florestas, destruindo faunas e floras nativas ...depois, no lugar de plantações de grãos para alimentar seres humanos, fogem dessa lógica, criando dóceis animais com rações feitas destes grãos, e os abatem cruel e industrialmente, para comercializarem por aqui e exportarem suas carnes e couros...pois a meta da lógica e bárbara: "lucrar é o que importa"...o "resto" ainda exportamos"
É esta a essência do autofágico agronegócio brasileiro...
com o seu conteúdo surreal no agrotóxico...envenenando uma nação inteira através da alimentação. (atualmente somos os maiores consumidores de agrotóxicos do planeta)
Enquanto isto temos no Congresso Nacional, a chamada "bancada ruralista", empresários rurais, travestidos de parlamentares,  sempre na contra mão da maioria da sociedade, que simulam representar... mas eles são na verdade os autênticos sabujos dos podres poderes financeiros, representantes apenas a si próprios, e de seus interesses de classe, junto aos novos latifundiários, (o financismo multinacional); "esforçam-se" através da mídia cúmplice, para convencer-nos,  de que a violência praticada contra o meio ambiente, e contra o homem simples do campo, é um "excelente  negócio" não apenas para eles os proprietários...mas para toda a nação... "é o progresso"... que engole a SUSTENTABILIDADE... e a própria vida em função do lucro!  
 Horácio Féres.



   "Tristes Trópicos..."

" A concentração de terras e a produtividade do agronegócio, boas para enriquecer algumas famílias, não são necessárias para o aumento da riqueza ou para sua distribuição no campo. Nem para alimentar os brasileiros. A agricultura familiar-pasmem: emprega mais, paga melhor, e produz mais alimentos para o consumo interno do que o agronegócio. Verdade que não rende dólares, nem aos donos do negócio nem aos lobistas do Congresso. Mas alimenta a sociedade. Vale então perguntar quantos brasileiros precisam perder seus empregos no campo, ser expulsos de seus sítios para viver em regiões já desertificadas e improdutivas, quantas gerações de filhos de ex-agricultores precisam crescer nas favelas, perto do crime, para produzir um novo-rico que viaja de jatinho e manda a família anualmente pra Miami. Quanto nos custa o novo agro-milionário sem visão do país, sem consciência social, sem outra concepção política senão alimentar lobbies no congresso e tentar extinguir a luta dos sem-terra pela reforma agrária"...

Maria Rita Kehl.